Guiar um Lamborghini remete-nos para a festa brava
A esmagadora maioria dos Lamborghini assumiram o nome de touros de lide que fazem parte da tauromaquia espanhola, nomes de animais de rara bravura que os aficionados nunca esquecerão.
Foram histórias como esta que Ferruccio Lamborghini, o fundador da marca de Sant´Agata Bolognese, quis imortalizar nos nomes dos seus automóveis. Era italiano, mas um aficionado pela tauromaquia.
É certo que o primeiro Lamborghini – o 350 GT – surgiu com uma referência convencional para os parâmetros da indústria automóvel. Mas, pouco tempo depois, foi apresentado o Islero (1968-1970), que assumiu o nome do touro que colheu mortalmente o mítico "Manolette", na praça de Santa Margarida, em Linares a 29 de Agosto de 1947.
O Murciélago da ganadaria Miura também fez história, tanto pela bravura como pela resistência física: em 1879 sobreviveu a 24 estocadas de Rafael Molina ("El Lagartijo") na praça de Córdoba.
Estas histórias mostram que a "afición" não tem fronteiras. Podemos vibrar, ser indiferentes ou contestar a "festa brava". Mas a sua força não é questionável nem respeita a geografia, e acaba por ser uma forma de estar muito próxima daqueles que apreciam "automóveis da verdade"....